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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Capítulo 6 - Come Home To Me.


P.O.V Selena
Meu coração batia tão forte que a qualquer momento ele poderia rasgar, meu sangue estava gelado e minhas mãos suavam. Ele precisava de mim a todo o momento, não podia ser verdade. Talvez eu ainda estivesse sobre o efeito das drogas, dos remédios ou talvez sonhando. Abri e fechei a boca várias vezes, não sabia o que falar o que fazer.
__Selena? – Justin olhou para mim confuso. – Você ouviu o que eu disse?
__Ouvi. – Assenti ainda nervosa, sem conseguir piscar.
__E então... – Ele soltou o ar fazendo barulho, então eu não era a única nervosa naquela sala.
__E-Eu não sei Justin... Essa semana foi confusa pra mim, foi louco... Eu também preciso de você, mas morar junto? Acho que vamos dar um passo muito maior do que a perna.
__Se você também não conseguiu se mantiver sã sem mim, por que estaríamos apressando as coisas? – Justin parecia realmente confuso. Como toda essa loucura podia soar normal pra ele?
__Isso não é normal Justin. Nós ficamos duas vezes juntos, não podemos ir morar assim do nada. Definitivamente não é o que pessoas normais fariam.
__Mas eu não sou uma pessoa normal, Selena. E nem pretendo ser.
__Não tem um jeito mais fácil de resolver isso? Como... Ficarmos juntos por um tempo ou namorar? – Perguntei com os olhos fechados. Minhas mãos tremiam, eu era louca por esse homem. Mas minha insegurança falava mais alto, e se ele quisesse só sexo?
__Namorar? – Justin riu pelo nariz. – Eu não namoro. Não somos mais adolescentes pra ficar com namorinhos estúpidos. E mesmo na adolescência, eu nunca fiz isso.
__Mas nós podemos tentar, quem sabe se as coisas derem certo, eu...
__NÃO CARALHO! – Justin me interrompeu gritando. – Ou você vai morar comigo, pra ser minha, ou nada feito.
__Como é que é? – O olhei incrédula. – Não sou um cachorro, um objeto, você não vai ser meu dono!
__Jura que não é? Porque você parecia bem cachorra gemendo meu nome loucamente algumas horas atrás. – Ele deu um sorriso irônico e eu dei um tapa em seu rosto, por impulso. Justin abaixou a cabeça e colocou sua mão onde eu tinha batido. Minha mãe formigava e minha consciência queimava em arrependimento. Mas que diabos eu fiz?
__Ju-Justin, de-desculpa, eu não quis fazer isso, eu... – Não sabia o que dizer, Justin me encarou e seus olhos ferviam de raiva.
__Mas você fez. – Ele disse quase em um rosnado.
__Não era a intenção, eu agi por impulso, você me chamou de cachorra, eu...
__Cala a boca vadia, antes que eu te arrebente inteira. – Ele tirou a mão do rosto e a fechou em punho, dando as costas pra mim e indo até a porta. Meus olhos se encheram de água. Mas que diabos eu fiz? Onde estava o Justin romântico de alguns minutos atrás?
__JUSTIN! – Gritei quando ele estava indo abrir a porta, ele se virou me encarando com o maxilar travado juntando as sobrancelhas. Corri até ele e choquei meu corpo ao seu, colando nossos lábios e entrelaçando meus braços em seu pescoço. Ele rejeitou no começo e tentou me afastar, mas eu não estava nem aí e ele logo retribuiu, envolvendo minha cintura e me empurrando até uma parede. Mordi seu lábio e um gemido rouco escapou por seus lábios. Aquilo me arrepiou e eu o beijei mais uma vez, explorando cada canto de sua boca. Suas mãos desceram e pararam em minha bunda, a apertando forte. Depois suas mãos entraram por debaixo da minha blusa, enquanto eu beijava seu pescoço.
__Desculpa. – Falei enquanto beijava seu queixo e mordia fraco sua bochecha. – Desculpa, desculpa.
Ele assentiu enquanto passava a mão por meios seios ainda cobertos pelo sutiã. Comecei a puxar seu cabelo para colar seu rosto ainda mais no meu e Justin deu impulso para eu subir em seu colo. Assim eu fiz, envolvendo minhas pernas em sua cintura. Justin foi caminhando comigo até o sofá e me jogou nele, subindo por cima de mim. Ele selou nossos lábios passando a língua preguiçosamente sobre os meus lábios. Minhas mãos foram para debaixo da sua blusa, acariciando e arranhando de leve seu abdômen bem definido. Naquela hora tive a certeza de que nunca me cansaria do toque daquele homem e eu precisava dele todos os dias, a todo o momento se fosse possível. 
(...)
Estava em meu quarto arrumando minhas malas, enquanto Justin me esperava na sala.
__Você tem noção da loucura que está fazendo? – Ashley tagarelava ao meu lado e eu só ouvia e assentia. Eu sabia que era loucura, mas estava disposta a tentar morar com Justin. Eu faria qualquer coisa para mantê-lo perto de mim.
__Sim, tenho noção Ashley. Me passa aquela blusa ali? – Disse apontando para uma blusa que estava sobre uma cadeira, ela revirou os olhos e jogou a blusa com força em mim. Ri fraco de sua atitude infantil e coloquei a blusa na mala, juntando mais alguns casacos e a fechando.
__Você nem o conhece direito! Só conhece pelos boatos e eles já falam por si só. Esse cara é um monstro, ele vai te usar pra se satisfazer e depois vai te jogar fora! – Ashley gritava e eu sabia que Justin conseguia ouvir tudo, me senti envergonhada por isso.
__Ash, para de bancar a louca! Eu sei que Justin não é um monstro. Eu estou disposta a ter certeza disso, vivendo com ele.
__Ele vai te machucar Selena! Para de ser ingênua, você também não o conhece! Não sabe do que ele é capaz!
__Você também não o conhece Ashley. – Fiz uma cara feia pra ela. – Da pra me dar só um pouco de apoio? Eu sei me cuidar muito bem, de ingênua não tenho nada. Se estou indo pra casa dele, é porque ele me passou confiança.
__Tanto faz. – Ela murmurou. – Depois não diga que eu não te avisei.
__Pode deixar, se eu voltar pra casa com o coração partido, vou dizer que você me avisou. – Sorri pra ela que revirou os olhos soltando uma risada abafada.
__Não me faça rir! Eu estou brava com você! – Ela me deu um tapinha de leve no braço e eu ri.
__Se cuida sua loira branquela e falsa! Até amanhã no trabalho. – Dei um abraço nela que logo retribuiu.
__Você também vadia latina. – Ri encostando minha cabeça em seu ombro deixando algumas lágrimas escapar. Ashley fungou e eu percebi que ela também chorava. – Vou sentir tanto a sua falta, irmãzinha.
__Eu também vou sentir falta de morar aqui com você, mas não pense que vai se livrar fácil assim de mim! Eu vou te infernizar pra sempre, te amo. – Ashley assentiu murmurando algo e logo depois me soltando, segurando em meus braços.
__Eu também te amo, Selenita. Conta comigo pra tudo, qualquer coisa, só chamar. – Ela disse indiretamente, querendo me avisar para tomar cuidado com Justin e chama-la se ele forçasse algo.
Assenti e peguei minha mala, não tinha muita coisa, pois o dinheiro que ganhava na boate não permitia muito luxos, e eu e Ashley sempre dividíamos tudo. Fomos abraçadas até a sala e Justin se levantou e observou a mala em minha mãe sorrindo e depois voltando o olhar pra mim. Sorri de volta, estava começando a me acostumar com aquele sorriso lindo todo pra mim. Nos despedimos de Ashley caminhamos de mãos dadas até o elevador. Aquilo tudo era muito estranho, era coisa de outro mundo. Eu jamais me imaginaria fazendo isso. Mas se eu não tentasse, jamais saberia se isso era certo ou não. O benefício da dúvida, eu o adoro e o sigo ao pé da letra.
Fomos o caminho todo até a casa de Justin em silêncio. Mas sem um clima tenso, apenas um silêncio confortante, com várias perguntas espalhadas pelo ar. Eu não conseguia tirar um sorriso completamente bobo do rosto e Justin assim que o percebeu, sorriu também, repousando uma mão sobre minha coxa.
__Ah Selena... Estou tão feliz que você tenha concordado.
__Também estou feliz, Justin.
E mais uma vez eu passava por aquele portão luxuoso, naquela realidade que não era minha. Justin vivia em outro mundo, um mundo de drogas, assassinatos, tráfico, assaltos, um mundo completamente errado. Mas para mim, ele parecia o cara certo. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Capítulo 5 - Born To Die.


P.O.V Justin
O tempo parecia não passar nunca. Andava de um lado para o outro em sua sala enquanto Paul a examinava no quarto. Ryan não deixou eu me aproximar, porque estava a ponto de explodir. 
__Senhor Bieber... – Paul se aproximou de mim esfregando os olhos, ele parecia cansado. – Você sabe que seu pai é um amigo de longa data para mim, e eu faria qualquer coisa pra ajuda-lo e ajudar toda a sua família...
__Para de enrolar porra, ela está bem? Vai ficar bem?- Disse nervoso.
__A mocinha estava sobre o efeito de alucinógenos, e ela estava a ponto de ter uma overdose. A paciente misturou álcool com drogas e isso, como você deve saber, é uma combinação fatal. – Ele suspirou e eu estava a ponto de apagá-lo ali mesmo, no meio da sala. – Filho... Você sabe o quanto esse mundo pode os prejudicar, drogas são letais...
__FALA LOGO SE ELA ESTÁ BEM OU NÃO CARALHO!
__Si-sim senhor Bieber... – O velho começou a tremer de medo, tive vontade de rir, mas me segurei. – Ela está dopada agora, mas em algumas horas ela vai acordar e tudo voltará ao normal. Mas devo avisa-lo que está passou por pouco...
__Não pedi sua opinião, só seu trabalho. Se vire com isso aqui. – Tirei um bolo de dinheiro do bolso. – E vaza, e se você falar alguma coisa pro meu pai ou pra alguém, vou ser obrigado a tomar algumas providências.
__Co-correto, Se-senhor Bieber. Tenha um bom dia. – Ele sorriu amarelo pegando o dinheiro e saindo do apartamento.  
Liguei para Ryan avisando que já estava tudo bem e que logo iria pra casa. Finalmente, fui até o quarto e suspirei aliviado a vendo ali, respirando e dormindo serenamente. Ela era tão linda... Balancei a cabeça afastando esses pensamentos inapropriados para alguém como eu.  Eu não fazia ideia do que fazer para tê-la perto de mim, mas sabia que não podia mais ficar um minuto sem ela. Ajeitei a coberta sobre o seu corpo e fechei a porta, sem fazer barulho algum. Fui até a sala coçando os olhos, estava cansado, nervoso e precisava muito me aliviar. Mas não achei nenhum vestígio de droga pelo apartamento todo, deitei no sofá frustrado e fechei os olhos tentando relaxar e aliviar a tensão que se encontrava por todo o meu corpo.
Quando já estava quase pegando no sono, ouvi barulhos de chaves e logo alguém abriu a porta do apartamento. Uma loira muito gostosa me olhou assustada, fechando a porta com força fazendo o barulho ecoar pela casa toda. E eu tentando ser silencioso pra não acordar Selena.
__O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? – Ela gritou histérica e eu me levantei rapidamente tentando achar as palavras certas, mas antes mesmo de falar, ela me interrompeu. – CADÊ A SELENA? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA SEU IDIOTA? – Ela veio pra cima de mim tentando me dar tapas e socos, mas eu a segurei pelos pulsos fazendo força para ela parar.
__Calma aí loirinha. – Dei um sorrisinho e ela tentou me acertar mais uma vez. – DA PRA PARAR DE SER HISTÉRICA CARALHO? EU TO TENTANDO MANTER A CALMA POR AQUI PORRA.
­­__MANTER A CALMA? VOCÊ ESTÁ NO MEU APARTAMENTO!
__Eu passei a noite com a Selena. – Disse a apertando mais uma vez e ela se calou. – Nós... Dormimos juntos e depois ela começou a passar mal... Ela estava muito drogada e quase teve uma overdose...
__TUDO ISSO É CULPA SUA! SEU OTÁRIO! ELA ESTAVA LIMPA ANTES DE VOCÊ APARECER! – Ela gritava tanto que sua voz chegava a falhar e seu rosto estava vermelho.
__COMO É QUE É? CULPA MINHA? – Ri pelo nariz. – EU CHAMEI UM MÉDICO, EU CUIDEI DELA ENQUANTO VOCÊ ESTAVA FORA SUA VADIA!
__VOCÊ BAGUNÇOU TUDO! – Ela começou a chorar e abaixou o tom de voz. – Selena estava indo tão bem... Eu tinha conseguido muda-la, ela estava limpa, estava tudo tão bem... E em uma noite, você conseguiu arruinar todo o meu esforço, ela chegava a alucinar pensando em você, e eu nunca a vi se drogando tanto quanto nessa última semana e...
__CALA A BOCA PORRA! – Gritei nervoso, aquilo não era culpa minha. – EU NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO! ELA SÓ FOI PRA CAMA COMIGO, SÓ ISSO! Sexo não a tornou uma viciada de novo, não mesmo. – Ri balançando a cabeça, eu que estava ficando louco naquela história.
__Você conseguiu mexer com ela... Nunca a vi assim. Isso não está fazendo bem a ela, você... Por que a procurou?
__Porque eu precisava disso tanto quanto ela.
__Você não consegue entender, não é? – Ela me olhou com desprezo, onde ela queria chegar com aquilo? – Selena não ficou louca por você só pelo sexo... Ela ficou vidrada em você. – Prendi a respiração por um tempo. Meu cérebro não processava mais porra nenhuma. Foi só uma noite, eu não podia ter causado todo esse efeito nela. E em mim? Eu estava vidrado nela? Ou era tudo apenas sobre sexo? Quando ia a responder, ouvimos um barulho vindo do corredor dos quartos e logo Selena apareceu, caminhando até o nosso meio, sem jeito.
__Sel! Amiga, você está bem? – Ashley a abraçou. – Nunca mais faz isso, por favor! Eu fiquei tão preocupada...
__Jura? – Ri debochado. – Porque até meia hora atrás você nem sabia o que tinha acontecido com ela...
__Presta atenção seu otário, ninguém te chamou na conversa.
__Me chama de otário de novo e diga adeus a sua vida vagabunda. – Rosnei passando a mão na arma que estava na minha cintura.
__GENTE! CHEGA! – Selena falou com a voz fraca e eu voltei à atenção pra ela, respirando fundo tentando esquecer a raiva que está me sobrecarregando naquele momento. – Ashley... Eu estou bem, e você não é minha mãe pra me controlar. – Ela a reprimiu com o olhar e Ashley assentiu sem graça. Soltei uma risada debochada e Ashley mostrou o dedo pra mim. – Justin... Obrigada pela noite e por chamar um médico... Mas você já pode ir embora se quiser. – Ela disse envergonhada.
__Na verdade, preciso falar com você. – Disse passando a mão sobre a nuca era agora. Talvez eu estivesse fazendo a maior merda da minha vida, mas precisava tentar.
P.O.V Selena
Justin parecia nervoso, cansado e ligeiramente irritado. Mas ele estava ali, na minha frente, no meu apartamento e tinha ficado ali o tempo todo, cuidando de mim! Talvez não cuidando, mas ele estava ali mesmo assim.
 Assim que Ashley percebeu que estava sobrando, saiu da sala nos deixando a sós.
__Então... – Balancei o pé esperando ele falar, parecia uma adolescente estúpida, sentia até borboletas no meu estômago.
__Ontem à noite, foi... Maravilhoso. – Podia ser loucura da minha cabeça quase afetada pela paixão, mas Justin parecia nervoso. – E... Ta bom porra vou falar tudo de uma vez. – Ele respirou pesado parecendo brigar consigo mesmo o que me fez rir baixo. – Você ta me deixando louco, porra! Eu passei essa semana inteira tentando me lembrar de você e pensando naquela noite e eu nunca me senti assim! Isso deve estar soando muito boiola, mas... –Eu ri mais ainda, suas bochechas chegavam a ficarem rosadas, de tão nervoso que ele estava. Ou mais uma vez era coisa da minha cabeça. – Não consigo mais ficar longe de você Selena...
__Justin, onde você está querendo chegar? – O interrompi perguntando, acho que assustada, receosa, nervosa, com medo... Eram tantas emoções ao mesmo tempo em que eu chegava a ficar tonta.
__Eu preciso de você comigo a todo o momento. – Ele soltou o ar mais uma vez, devagar. – Quero que você venha morar comigo. 
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                                   Oi oi gente !!! O capítulo está pequeno e ao meu ponto de vista, péssimo. Mas eu estou fora de casa e só postei porque tinha prometido mesmo !! O próximo estará muito maior e mais emocionante :) Obrigada por todos os comentários bons e espero que gostem !! Falem comigo no meu twitter @upselenita ou comentem, beijinhos e até o próximo hehe

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Capítulo 4 - Crazy


P.O.V Justin
Uma semana depois...
Funguei mais uma carreirinha inteira, fechando os olhos e apreciando o efeito lento que aquilo fazia. O meu único momento de paz no dia era aquele, onde eu só apreciava o efeito da droga em mim, sem me preocupar com nada. Eu deveria estar cuidando dos negócios, atendendo Ryan ou retornando as ligações de Chaz, mas eu só queria ser estúpido como sempre e ficar apenas me entupindo de droga. Estava há uma semana sem transar, estava irritado pra porra, meus braços estavam todos machucados com as marcas das diversas seringas que usei para ter um efeito mais rápido e forte e Chris e Drake ainda estavam arrumando para minha cabeça me forçando a comprar algumas boates. Boate... Era isso que estava me assombrando durante toda a semana, não conseguia tirar aquela stripper da cabeça, nem ao menos lembrava suas feições, só do seu maravilhoso cheiro e seu cabelo comprido e preto. Ela estava ajudando a me enlouquecer, não conseguia mais sentir prazer fodendo sem imaginar ela, ou sem estar drogado. Organizei mais três fileirinhas com o melhor pó que eu tinha no cofre do escritório, peguei o papel enrolado que estava usando e puxei tudo quase que de uma vez só para dentro. Meus olhos estavam ardendo e ardiam, e logo aquilo começou a me fazer mal pra porra. Assim que me levantei tive uma tontura e escorreguei e bati a cabeça na escrivaninha, e logo senti uma coisa gelada escorrer de minha nuca, passei a mão e senti o cheiro forte de sangue antes mesmo de olhar para a mão. Tive ânsia de vômito umas três vezes seguidas, até não aguentar mais e botar tudo pra fora. Parecia que quanto mais vomitava, mais passava mal. ‘’Vai piorar antes de melhorar’’ pude ouvir a voz de minha mãe atrás de mim, ela sempre dizia isso quando eu chegava a casa, bêbado ou chapado demais e passava mal. Ela sempre estava acordada pra me ajudar ou simplesmente encher o saco. Virei pra trás pra conferir que ela realmente não estava ali, e minha teoria se confirmou, era tudo coisa da minha cabeça. Fiquei alguns minutos de quatro com a cabeça pra baixo até a tontura passar e eu ter a certeza de que não iria mais vomitar e me levantei, pegando o celular e as chaves de um dos carros. Assim que saí, vi uma das vadias que trabalhavam na casa me encarando.
__O que foi, perdeu alguma coisa aqui vagabunda? – Disse raivoso e ela negou com a cabeça, tremendo. – É melhor você limpar aquela sujeira ali. – Apontei pra porta do escritório e fui até a garagem.
Saí de casa e disquei o número de Chris, no primeiro toque ela já atendeu.
__Salve Bieber.
__Decidi comprar as boates, quero que você e Drake me levem até os lugares agora. – Disse fungando um pouco, já que estava cheirando o pó que ainda tinha dentro do carro.
__Agora? E por que mudou de ideia tão rápido?
__ Não interessa e é melhor você agilizar porque já to começando a desistir.
__Não cara, liga teu GPS que já te passo os endereços, a gente se encontra lá.
Desliguei e afundei no banco. Há dois dias tinha recebido um telefonema do meu advogado dizendo que não era pra eu negociar mais nada até as eleições passarem, pois estavam na cola do meu pai e tirando ele, o primeiro suspeito era eu. Se descobrissem todos os meus esquemas, eu estava ferrado. Meu pai seria preso e eu provavelmente pegaria pena de morte. Minha mãe ia ter um ataque e meu ia querer matar ela por ser minha cúmplice por todos esses anos. Logo Brown me mandou os endereços e eu liguei o carro indo em direção ao primeiro.
A primeira boate era um bordel disfarçado e ficava afastado da cidade. Drake e Chris já me esperavam lá quando eu cheguei.
__Justin, você tá bem? Tu tá com olho de peixe irmão. – Drake falou tirando com a minha cara e eu dei um dedo pra ele.
__Vai se foder, ninguém te perguntou nada. – Coloquei os óculos de sol entrando no lugar e um velho começou a me explicar os negócios e me mostrar o local. Nada fora do normal, era um lugar bem caído comparado aos que eu frequentava e aos que já tinham me oferecido. Depois de conhecer todos os funcionários e as putas do lugar, decidi que compraria. Nada que uma boa reforma não ajeitasse o lugar como eu queria.
__Brown, quero que você demita todos os funcionários, ameace as putas e contrate os melhores capangas para se disfarçarem de seguranças, garçons, gerentes e o caralho a 4. E faz isso rápido, quero tudo pronto hoje porra! – Falei rápido e sério entrando no carro e ele assentiu entrando na boate. – E Drake, você vai me levar aos outros lugares.
O dia passou rápido e em torno de conhecer todas as boates e fazer as mudanças que eu queria. Os donos daqueles bordéis eram lentos demais, não era a toa que eram sempre pegos pela polícia, toda vez que chegava há um lugar novo, tinha vontade de apagar os funcionários nos primeiros momentos. Estava ficando cada vez mais irritado, liguei pra Ryan para ele limpar toda a droga barata que era vendida naquele lugar e colocar as melhores que tínhamos. Se for pra começar um negócio, eu ia começar do jeito certo. Não era mais trabalhinho de iniciante e não ia os deixar sujarem meu nome por qualquer besteira.
Assim que cheguei à última boate, que era a principal, já estava escurecendo e encontrei a gangue toda lá.
__Finalmente a cinderela chegou! – Lil falou e todos riram.
__Cala a boca, e o trabalho de vocês ainda não acabou. Quero todos no meu escritório em cinco minutos e se tiver alguém chapado vai ter que se entender comigo. – Adentrei o lugar e aquela realmente era a melhor boate. Os seguranças eram os melhores, o lugar era mais amplo e mais moderno, e as putas que por ali circulavam eram mais razoáveis.
Sentei na minha cadeira observando o meu novo escritório, estava começando a ficar animado com o novo negócio, tinha várias ideias para expandir o trabalho da nossa gangue, mas tinha que ser tudo na maior segurança, tinha que ter certeza que tudo daria certo.
Exatamente cinco minutos depois, os moleques adentraram o escritório, Ryan, Chaz, Chris, Drake, Lil e Bei Maejor. Apesar de tudo, eles eram como os meus irmãos, não entraria nessa do tráfico se não confiasse tanto naqueles caras, eles eram competentes, eram fodas.
__A única coisa que tenho pra dizer pra vocês é que eu não entrei nessa pra perder, vocês me convenceram a pegar o tráfico de drogas e armas na primeira vez e eu aceitei, e hoje olha só pra nós, dominamos essa cidade, dominamos essa região e eu quero que seja assim por muito tempo e com as boates também! Entramos nessa juntos e vamos sair juntos, sem falhas e  sem traições. Eu juro que se um dia pegar algum de vocês me traindo eu descarrego uma na garganta de cada um! – Eles assentiam e se entreolhavam atenciosamente. – É só isso, agora por favor, alguém prepara um pó do bom pra mim porque eu trabalhei demais hoje e agora eu só quero chapar até não lembrar mais o meu nome.
__Pode crer Drew. – Ryan começou a rir e eu o acompanhei, logo todos começaram a rir e cheirar suas próprias carreirinhas ou dividir outras drogas.
Lil trouxe umas vadias pra dentro do escritório e aí eu tirei os olhos das minhas carreirinhas e percebi como aquilo estava uma zona.
__PAROU COM A PALHAÇADA PORRA! TODO MUNDO PRA FORA, ISSO AQUI É UM LUGAR DE TRABALHO! – Mandei todo mundo embora e saí logo depois. Comecei a observar a boate que já estava cheia da área vip. As dançarinas eram umas cavalas de tão gostosas e o trabalho delas eram bem feito. Já estava entupido de cocaína então fiquei apenas tragando um cigarro de maconha e bebendo uísque.
Algumas putas começaram a me envolver e por mais que elas tentassem, eu não estava nada excitado, e preferia mil vezes continuar bebendo minhas doses de uísque que haviam aumentado.  Logo tudo aquilo começou a ficar entediante e eu já tinha tentando foder uma três vezes e não tinha conseguido. Tudo me lembrava daquela vadia daquela stripper, não conseguia chegar perto de uma mulher sem tentar ver alguma semelhança entre elas e não conseguia gozar sem fechar os olhos e tentar lembrar-se do seu rosto ou seu corpo. Eu precisava dela, e precisava dela agora. Dispensei uma das putas que estavam comigo, arrumei minha roupa e tomei mais uma dose de uísque, eu tossia sem parar e não conseguia respirar nem ver direito. Mas precisava de sexo, e precisava daquele sexo. Eu estava obcecado por aquela mulher e ainda não tinha percebido.
Peguei o carro e saí voando até aquela boate, não conseguia nem lembrar como se dirigia, quem dirá onde era. Depois de muito tempo rondando aquela região tentando seguir o mapa do GPS, consegui chegar à boate.  Mas ela já estava fechada, e não restava exatamente ninguém ali. Bati com força no volante, soltando um rosnado. Eu precisava encontra-la. E precisava ser agora, ou eu iria meter bala em metade da cidade. Arranquei com o carro dali indo à direção contrária da cidade, eu sabia exatamente onde iria encontrar a minha felicidade.
P.O.V Selena
Fui pra casa mais uma vez sozinha, não tinha ideia de onde Ashley tinha se metido, e já fazia uma semana que ela não falava comigo. Ela não aceitava de jeito nenhum minhas ‘’recaídas’’, mas era inevitável, eu estava enlouquecendo. Aquela semana tinha sido um inferno, as imagens de Justin rondavam minha mente e eu só conseguia esquece-lo me drogando. Aqueles olhos, aquela boca, aquele sorriso diabólico... Eles me assombravam toda noite, todo dia, eu rondava a boate toda o procurando, mas ele simplesmente não aparecia. Como eu era estúpida! Ele era só um cliente, só queria sexo, nem deve mais lembrar meu nome. Pra ele eu era uma inútil que o fez gozar por uma noite. Mas a princesinha iludida aqui tinha que se apaixonar em tão pouco tempo... Tinha que ficar pensando nele a cada segundo do dia. Bufei alto tacando um vaso contra a parede. QUE INFERNO! Eu não conseguia esquece-lo, esquecer aquela noite, aquilo me atormentava tanto, ecoava em minha cabeça, chegava a doer. Revirei as gavetas tentando achar uma seringa, mas Ashley havia limpado tudo. Fui até o banheiro abrindo o armário derrubando tudo na pia, procurando por uma caixa de band-aids infantis. Peguei e fiz pressão na tampa de metal para ela abrir, minhas mãos tremiam e minha visão estava embaçada. Estava tendo uma crise de ansiedade, eu soava e meus dentes batiam um no outro. Joguei todos os band-aids no chão e no fundo encontrei duas pílulas embrulhadas em um papel. Dei um pequeno sorriso assim que as vi, Ashley não tinha limpado completamente tudo. Eu sabia que aquilo iria me fazer mais mal do que o normal, já que não estava mais acostumada e estava há horas sem comer. Fui até a cozinha e enchi um copo com vodka pura para o efeito ser maior e mais rápido. Engoli os compridos de uma vez só e virei o copo. Fiquei tonta e me sentei já percebendo o efeito que aquilo estava fazia. Assim que bateu, a sensação boa tomou conta de mim. Senti todos os barulhos silenciarem, e NY era uma calmaria só pra mim. Minha visão se abriu, e tudo ficou mais colorido. Fiquei mais disposta, apesar de ainda estar tonta. Fui até o quarto de Ashley e me despi, colocando uma das suas lingerie nova e me observando no espelho. Ouvia uma música ao fundo e comecei a passar a mão em mim sensualmente, rodopiando e arriscando alguns movimentos muitos mais ousados do que os que eu fazia na boate. Fechei os olhos passando uma das mãos em minha intimidade, lembrando de suas mãos ásperas e quentes passando pelo meu corpo. Mesmo drogada, ele continuava me perturbando, e me dando prazer mesmo longe. Subi minha outra mão para meu seio esquerdo, o massageando e soltei um gemido de prazer, me estimulando mais rápido. Penetrei três dedos de uma vez só em mim soltando um grito aprovando minha própria masturbação. Continuei me estimulando até perder as forças e gozar. Fechei os olhos gemendo e vendo a imagem de seu rosto perfeito sentindo prazer. Chupei meus dedos sentindo meu próprio gosto e logo me atirei no chão do quarto, aproveitando a sensação de prazer que tinha acabado de ter e rindo sozinha. Eu precisava de sexo, mas não conseguia mais sentir prazer sem imaginar Justin.
Ouvi batidas fortes na porta e ignorei por um tempo. Mas elas foram ficando cada vez mais intensas e caminhei até a sala. Eu não sentia meus pés e tinha perdido os sentidos de direção. Abri a porta e quase caí pra trás quando o vi na minha frente. Era ele mesmo, Justin Bieber, todo suado, gostoso e com os olhos vidrados tentando arrombar minha porta. Me atirei nele, sentindo medo de ser apenas uma alucinação das muitas que estava tendo nessa última semana. Mas assim que me joguei, meu corpo se chocou com o dele e ele agarrou minha cintura forte, fungando meu pescoço. Sua boca procurou pela minha rapidamente e sem mais demoras sua língua invadiu minha boca. Retribui o beijou puxando seu cabelo com força e roçando meu corpo no dele, fazendo sua ereção tocar minha cintura mesmo ainda vestida. Ele deu impulso pra eu subir em seu colo ele deu passos pra trás, se encostando na porta que ainda não estava fechada e a fechando completamente. Deslizei a mão pela parede encontrando o interruptor de luz apagando a luz da sala e ele caminhou comigo até o sofá, me jogando nele e subindo em cima de mim, me prendendo no meio de suas pernas. Tínhamos pressa, urgência, nada de estímulos, só queríamos acabar com aquela sensação de desejo logo. Tirei sua camiseta e ele desabotoou sua calça, tirando a cueca junto. Como eu estava apenas com a lingerie, Justin se divertiu passando a mão com força por todo os feixes e rasgando toda a cinta-liga que estava muito mal colocada. Eu arranhava suas costas com força e ele passava a boca por todos os cantos do meu rosto chegando ao meu sutiã e o tirando com a maior facilidade do mundo, começando a chupar e morder meus seios com força. Minha cabeça rodava, a droga estava fazendo muito mais efeito agora, mas eu não me importava. Gemia coisas sem nexo implorando pra ser fodida por Justin. Ele se posicionou no meio das minhas pernas metendo tudo de uma vez, me fazendo gritar e depois gemer. Eu segurava nele com força, enquanto ele chupava meu pescoço e mordia todo o meu corpo. Arranhava suas costas e seu braço com tanta força que sentia o cheiro de sangue de longe. Seu beijo tinha gosto de uísque com várias drogas misturadas, não conseguia abrir os olhos porque eles tremiam e eu estava pouco me fodendo. Apenas queria foder loucamente e sentir mais ainda aquele gosto de overdose que o beijo daquele homem tinha.  Gozamos juntos e eu gritava e gemia como nunca tinha feito antes. Justin caiu em cima de mim e minutos depois que recuperamos nossa força, pois passávamos longe da sanidade, Justin me colocou em seu colo, e entrou mais uma vez em mim, me fazendo pular e revirar os olhos cada vez mais. Não queria que aquilo acabasse nunca, toda a agonia daquela semana, todo efeito da droga, nada era comparado a sensação de prazer que eu estava sentindo. Ele se encaixava perfeitamente em mim, eu estava ficando louca por ele. Sempre querendo mais daquela sensação, mais dele.
P.O.V Justin
Se eu morresse naquele momento, eu teria certeza de duas coisas: eu morreria chapado e feliz. O mundo podia acabar que eu não perceberia se continuasse transando com Selena. Já tinha recuperado minha sanidade, e lembrava exatamente, não só do cheiro dela, como de seu rosto, seu corpo maravilhoso, sua voz, tudo... Ela era perfeita e eu não queria que aquela sensação acabasse nunca. Vê-la pulando em cima de mim com certeza iria entrar pra minha lista de melhores paisagens do mundo. Um pouco depois de ela gozar, foi minha vez. Saí dela devagar e a coloquei deitada no sofá, me envolvendo nela e fungando seu cabelo. Seu cheiro era tão doce, tão embriagador... Tudo naquela mulher me atraía, eu precisava dela sempre assim, perto de mim.
__Você está me deixando louco, Selena... – Sussurrei e ela se arrepiou. Fechei os olhos traçando uma trilha de beijos pelo seu pescoço e seu rosto. – Preciso de você... – Continuei a beijando, até que ela começou a tossir e se engasgar com a própria saliva. Rapidamente me separei dela sentando no sofá e a coloquei sentada também. Seus olhos tremiam e sua boca estava branca feito papel. Não tinha reparado até aquele momento, que ela estava drogada. Eu ainda estava um pouco lento por causa do excesso de cocaína que tinha consumido, mas os efeitos maiores já tinham passado há muito tempo. Ela havia parado de tossir, mas continuava tremendo e agora seu olhos fechavam e abriam freneticamente. Gritava seu nome e dava tapas eu seu rosto pra a fazer acordar do transe, mas tudo parecia apenas piorar. Comecei a me desesperar, coloquei a cueca e tentei achar meu celular no bolso da calça. Disquei pro primeiro número que achei, sem nem checar quem era. Depois de três toques, Ryan atendeu com a voz sonolenta. Selena não parava de tremer e bater os dentes, seu corpo todo estava gelado e eu não conseguia nem responder Ryan. O desespero tinha tomado conta de mim.
__Justin?? Ta tudo bem cara? Onde você tá?
__RYAN, VEM PRA CÁ AGORA, MANDA UM MÉDICO, FAZ ALGUMA COISA PORRA, A SELENA TA PASSANDO MAL!
__O QUE? Cara, você ta bem? Onde você ta? Quem é Selena?
__Ela ta morrendo porra! Rastreia meu celular, faz alguma coisa, não vou te explicar nada agora, vem logo caralho! E chama um médico.
Desliguei o celular na cara de Ryan e minhas mãos tremiam. Nunca tinha visto ninguém passar mal perto de mim, ter uma convulsão ou algo do tipo. Selena ficava cada vez mais inconsciente e eu não tinha mais ideia do que fazer. Me ajoelhei ao lado dela no sofá e fiz uma coisa que não era muito digna de mim, dei um beijo em sua testa fria e abaixei a cabeça e rezei. Sim, eu rezei por alguém que eu mal conhecia, por alguém que era pra ser insignificante pra mim. Mas eu rezei, e se Deus realmente existisse, se ele estivesse em algum lugar olhando por mim, ele tinha que me ajudar.
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Oi gente !! Obrigada por todos os comentários bons a fic e ela mal começou !! 
E me desculpa pela demora pra postar os caps, é que minha vida anda uma bagunça nessas últimas semanas ! Bom, esse cap ta beeeem pesado e pra mim, a fic começa a partir dele, os outros eram apenas uma introdução. 
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Beijinhos e até o próximo.