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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Capítulo 3 - Like A Virgin Again.


P.O.V Selena
O caminho inteiro até a casa dele foi marcado por um silêncio constrangedor.  Olhei para o seu rosto, concentrado na estrada, e voltei a observar como ele era bonito. Seus olhos eram grandes e bem marcados, e possuíam um brilho um tanto quanto ganancioso. Ele tinha olheiras pouco fundas, mas perceptíveis apenas à luz do sol. Seu rosto era magro e ele parecia estar cansado.
__O que foi? – Ele desviou rapidamente a atenção do caminho e me olhou, e eu vi um vestígio de um sorriso no canto de sua boca.
__É... É... – Sua voz grossa e seu olhar penetrante em mim me deixaram desconcertada. – Eu ainda não sei qual é o seu nome.
__Eu também não sei o seu.
__Falei primeiro. – Disse séria e ele riu pelo nariz.
__Prazer, sou Justin e você?
__Selena. – Dei de ombros e voltei a olhar pelo vidro do carro. Justin... Então esse é o nome do cara que está me deixando louca.
Nos afastávamos cada vez mais da cidade, até que chegamos em frente à um portão de ferro grande e bem cuidado. As letras ‘’ Propriedade dos Bieber’’ estavam gravadas no mesmo.  Bieber... Então esse é o seu sobrenome. Assim que Justin parou o carro na frente dele, o portão se abriu e ele fez um sinal para o porteiro.
O jardim era bem cuidado e parecia não acabar nunca. A casa então... Ou melhor, mansão, nem se fala. Já havia frequentado muitas casas de milionários, mas aquela ali superava todas. Ele parou o carro no jardim mesmo e deu a volta, abrindo a porta para mim e sorrindo. Ignorei o gesto de cavalheirismo, já que tudo que ele queria fazer era me comer.
Entramos na casa com as mãos entrelaçadas, e seu toque me causava pequenos choques pelo corpo. Eu olhava tudo em silêncio, porém admirada. Era tudo muito grande, muito moderno, totalmente de outro mundo. Era demais pra alguém da idade dele, mas principalmente, demais para mim.
__Gostou da casa? – Ele perguntou atencioso. Meus olhos encontraram com os dele e eu perdi a fala. Apenas assenti e fui até a sala. Deixando minha bolsa no sofá e me sentando.
__Quer alguma bebida?  - Ele disse se aproximando de mim com um copo de Uísque na mão.
__O mesmo que você, por favor. – Cruzei as pernas e observei minhas mãos repousadas sobre meu colo. Eu estava nervosa, isso era fato. Porque estava me sentia assim? Ele era apenas um cliente e não iria passar de uma noite de sexo.
__Vamos subir? Vou te mostrar o andar de cima. – Estendeu a mão e me puxou para a escada. O andar de cima, vulgo seu quarto, vulgo sua cama. Rapidinho esse Bieber.
(...)
__Então, esse é o meu quarto. – Ele abriu a porta para mim. Seu quarto era enorme, sua cama dava vontade de foder e todos os aparelhos eletrônicos me amedrontavam.
__Tudo isso é pra você? Toda essa casa? – Perguntei sentada na cama aceitando mais um drinque dele e tirando os sapatos.
__Na verdade não... Moro aqui com meus pais. – Arregalei os olhos. Pais? Isso era uma coisa ruim. – Enquanto minha casa não fica pronta. – Ele sorriu para mim e ficou nervoso ao perceber que tinha falado coisa errada.
__Seus pais estão em casa? – Perguntei assustada.
__Não... – Ele riu. Seus dentes eram lindos, seu sorriso era lindo e o som da sua risada me fez sorrir junto. – Eles foram viajar por um tempo... Indeterminado. – Ele se aproximou e repousou a mão sobre minha coxa, há apertando um pouco.
__Então estou sozinha aqui com você, nessa casa enorme? – Arqueei a sobrancelha.
__Sim... Está. – Seu hálito quente bateu em meu rosto e eu estremeci.            
__Isso parece tedioso. – Ele me olhou meio frustrado, mas depois voltou à pose. 
__Ah... É? Não por muito tempo.
Ele me empurrou na cama, subindo em cima de mim e beijando meu pescoço. Minhas mãos envolveram seu pescoço o puxando para mais perto e procurando por sua boca. O beijei com vontade, na esperança de sentir novamente o que senti na seção de Strip-tease. Nossas línguas travavam uma batalha deliciosa, explorando cada canto da boca do outro. Intensificamos o beijo, e suas mãos passearam por debaixo do meu vestido. Tirei sua camiseta, e ele desceu as alças do meu vestido, descendo beijos por meu colo e meus seios. Cravei minhas unhas pelas suas costas e ele soltou um gemido rouco. Seus dedos massageavam meus seios e seus lábios quentes mordiscavam, chupavam e beijavam toda extensão dele, me deixando louca.  Ele terminou de tirar meu vestido, me deixando apenas de calcinha e eu troquei de posição ficando no controle. Comecei a chupar seu pescoço, descendo os lábios pelo seu abdômen e alisando seus braços com minhas mãos. Seus olhos não desgrudavam dos meus, enquanto eu chegava até a barra de sua calça. A desabotoei e depois a tirei com dificuldade, e ele ajudou puxando para baixo com os pés. Minhas mãos começaram a brincar com a barra de sua cueca, e ele bufou impaciente. Soltei um risinho de satisfação e abaixei completamente sua cueca, observando seu membro e o pegando, começando a masturba-lo. Coloquei apenas a língua na cabecinha de seu pênis fazendo movimentos circulares e depois de brincar bastante com ele, comecei a chupa-lo.  Logo ele já estava mexendo os quadris, gemendo coisas sem sentido e fodendo minha boca. Assim que gozou, sem nem esperar minha próxima atitude, ele trocou de posição, ficando no controle novamente e me prendendo com o peso do seu corpo.  Suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo e me deixavam arrepiada. Era como se eu fosse virgem e estivesse tendo minha primeira vez novamente. Só que a sensação era ainda melhor que essa.  Seus lábios foram descendo por todo o meu ventre até chegar a minha calcinha já encharcada, e em questão de segundos, ele a rasgou e a jogou em um lugar que eu não estava nem um pouco preocupada em saber. Tombei minha cabeça para o lado, dando um pulo quando ele penetrou dois dedos de uma vez só em mim, começando a me estimular. Minhas mãos pressionavam com força seus braços e seus ombros deixando marcas e quando ele tocou minha intimidade com sua língua, gritei puxando seu cabelo. Fazendo-o aumentar os movimentos e beliscar meu clitóris. Assim que cheguei a meu ápice, ele bebeu tudo e me beijou, me fazendo provar meu próprio gostoso. Seus beijos desceram para o meu pescoço e suas mãos apertavam minha bunda e o interior das minhas coxas.
__Porra, você é muito gostosa. – Ele sussurrou e mordiscou o lóbulo de minha orelha, me fazendo gemer alto.  
__M-me fode logo... Justin. – Sussurrei de volta, puxando seus cabelos e mordendo seu lábio e depois sua bochecha. Ele rapidamente puxou o pacotinho de camisinha que estava no lado da cama, o rasgando e eu fechei os olhos, como era boa aquela sensação, até o barulho do pacote sendo aberto me dava prazer. Ele logo voltou para cima de mim, se posicionando no meio das minhas pernas e entrando bem devagar em mim. Soltei um grito agudo e estridente e arranhei suas costas com força, o fazendo urrar. Envolvi minhas pernas em sua cintura e ele começou a me penetrar, alternando movimentos lentos e rápidos. Fechei os olhos aproveitando o momento e tudo que conseguia fazer era gemer, toda vez que ele gemia em resposta. Comecei a ficar cansada e meu corpo começou a pesar, e então sem perceber, desmanchei dentro dele. Justin me penetrou mais algumas vezes com força e logo gozou, jogando todo o peso do seu corpo no meu. Ele saiu de mim lentamente e se levantou, jogando a camisinha fora e vestindo a cueca. Enrolei meu corpo no lençol e assim que ele voltou, deitou-se ao meu lado encarando o teto. Me virei para ele encarando seu rosto ofegante e os pingos de suor que escorriam de sua testa. Ele era lindo e eu nunca me esqueceria desse rosto e principalmente: Dessa transa.
__Esse com certeza entrará para a lista dos meus melhores sexos. – Ele disse ofegante e olhando dentro dos meus olhos, sorrindo.
Comecei a rir sem parar, ele tinha uma lista de melhores sexos? Acho que tínhamos um caso de ninfomaníaco naquele quarto.
__O que foi? – Ele perguntou rindo também e envolvendo um braço em minha cintura.
__Você tem uma lista de melhores sexos? Isso é muito estranho. – Comecei a rir descontroladamente mais uma vez. – Seu viciado.
__Claro que eu tenho. Você não tem? – Ele disse sério e logo depois começou a rir, o acompanhei mais uma vez.
__Seu sorriso é lindo. – Pensei alto e quando percebi ele me encarando com as sobrancelhas franzidas e um sorriso no rosto, senti minhas bochechas pegarem fogo.
__Você é linda. - Ele disse baixo e me encarou no fundo dos olhos. Seus olhos brilhavam, mas não era mais aquele brilho de luxuria, de desejo, como antes. Era um brilho... Diferente. Corei mais ainda.
__Eu tenho que voltar ao trabalho. – Disse me levantando da cama e vestindo apenas meu vestido já que minha calcinha já era.
__Espera como assim já vai? – Ele disse se levantando e colocando a calça. – Eu te levo até em casa depois, ou na hora do seu trabalho.
__Não, acho melhor não. Eu preciso ir pra casa... E não quero mais nenhum tipo de envolvimento com você.
__Então, não vamos mais repetir isso? – Ele disse confuso apontando para sua cama.
__Não... – Mordi o lábio tentando não encara-lo, pois ele só de calça e com aquele cabelo todo bagunçado... Era demais para mim. – Não costumo repetir sexo e nem me envolver com clientes. Mas foi bom enquanto durou. – Sorri e acenei, saindo de seu quarto.
__ESPERA SELENA! – Me virei para encara-lo uma última vez. Ele era rico, bonito, gostoso... Realmente, demais para mim. – Posso ao menos te levar em casa? – Hesitei um pouco, mas logo assenti. Ele colocou uma camisa azul que destacava seus olhos e desceu na minha frente, enquanto eu babava completamente, puta merda! Há pouco tempo atrás tudo isso era meu!
Fomos até a garagem e meu queixo apenas caiu.
 __Todos esses carros são seus? – Disse passando a mão por um deles todo prateado. Ele tinha no mínimo, uns seis carros. E mais de quatro motos.
__Sim, os carros dos meus pais ficam em outra garagem. E aí, em qual você quer ir? – Apontei para o Fisker prateado, eu adorava carros e principalmente customizados. Isso me lembrava de meu pai e um tempo feliz da minha vida.
__Ótima escolha, também é o meu favorito. – Ele riu e destravou o carro, depois a abriu a porta para mim.
Para não se repetir o silêncio constrangedor de antigamente, que parece que também incomodou Justin, ele ligou a rádio.
Estava tocando ‘’Locked Out Of Heaven’’ e eu comecei a cantarolar, apesar de todos os meus problemas e erros, música era uma coisa que me acalmava e uma das coisas mais puras que ainda restava em mim.
Justin me observava cantando e ria baixinho. Logo ele começou a cantar comigo, alcançar as notas mais altas e de repente, estávamos gritando e rindo dentro do carro.
O observei cantando e rindo, ele parecia tão mais jovem, tão puro, tão normal. E eu também. É, realmente, a música muda às pessoas para melhor.  Justin percebeu que eu estava o olhando e olhou para mim, me encarando no fundo dos olhos por um segundo e voltando a atenção para a estrada, se concentrando. Eu me arrumei no banco e voltei a ouvir a música que tocava e observar o caminho até minha casa, apenas o dando as coordenadas.
__Chegamos. – Disse quando ele parou em frente ao meu prédio. Ele observou meu prédio e depois me observou, e seu rosto estava sem expressão alguma. Mais uma vez, o clima tenso dominava. – Então... Adeus.
_Adeus. – Ele disse frio e eu saí do carro, indo em direção à portaria. Mas dei meia volta e bati na janela do seu vidro, o fazendo abaixa-lo.
__A propósito, você está me devendo uma calcinha. – Pisquei para ele que começou a rir e sorri.
Entrei no prédio e o observei sumir da minha rua em instantes.  Entrei no elevador suspirando e pensando em tudo que tinha acontecido em apenas uma noite. Eu estava acabada, mas não conseguia tirar um sorriso estúpido do rosto.
É, Justin Bieber, o que você fez comigo?
                                                                                                                                         

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Capítulo 2 - Dance For You




P.O.V Justin

Ela me empurrou na cadeira e se virou, dando visão para seu cabelo que quase batia no seu lindo traseiro. Ela se virou novamente para mim e sorriu. Um sorriso safado, técnico, excitante. Segurou com uma das mãos uma barra de ferro e passou uma perna por ela.  ‘’Strip’’ do Chris Brown tocava ao fundo e eu pressionava meus lábios com força, me retorcendo para não agarra-la no mesmo momento.  Ela começou a esfregar o corpo sensualmente pelo ferro e senti meu membro endurecer totalmente. Seus cabelos se movimentam junto com seu corpo, que acompanha o ritmo da música. A morena se aproximou mais de mim e sentou em meu colo, mordiscando o lóbulo da minha orelha e colocando suas mãos nas minhas, me guiando até o fecho de seu sutiã. Deu um sorriso safado tentando abri-lo, um sorriso se formou no canto de sua boca quando minha ereção encostou-se a sua coxa, ela negou com a cabeça e voltou até a barra. A música trocou e começou ‘’Dance For You’’ e ela se virou novamente de costas pra mim, abaixando com as mãos acima da cabeça. Depois subiu lentamente e tirou o sutiã, virando-se para mim, e eu apenas apreciei aqueles seios já enrijecidos e porra, que seios maravilhosos! Voltei minha concentração para ela, que agora subia no ferro e rodopiava, deixando seus cabelos voarem e seus peitos pularem acompanhando seu quadril. Ela se encostou à barra de frente, levou suas mãos até a barra da calcinha e foi descendo apenas as alças e depois as voltando. Isso sim era tortura, estava louco para acabar com o seu trabalho e rasga-la inteira. Mas provavelmente, ela me colocaria pra fora da cabine e eu estava muito excitado pra sair dali sem sexo. Depois de brincar muito comigo, ela tirou toda a calcinha e voltou a se encostar-se àquele ferro, agora, sua intimidade também era esfregada ali, o que estava me deixando mais louco que o normal.
Ela veio até mim e se sentou em meu colo novamente.
__Sou ou não tudo aquilo que dizem? – Ela sussurrou em meu ouvido e eu pressionei os lábios com força assentindo, agarrando sua cintura. Ela encarou meus olhos e eu encarei os seus de volta, eles eram grandes, intensos, misteriosos. Encarei sua boca carnuda entreaberta e já estava ofegante. Aproximei meu rosto do seu, ainda encarando seus olhos e ela os fechou. Deslizei minha mão por suas costas e acariciei sua cintura, depois a apartei. Colei minha testa na dela e quando ia a beijar, ela virou o rosto e soltou um suspiro.
__Então acho que já acabei por aqui. – Ela se levantou e colocou a calcinha, depois o sutiã. Eu apenas fiquei parado a olhando, perplexo. – O que está esperando para dar o fora? Tenho outros clientes.
__Como é que é? Você acha que vou sair daqui sem sexo? – Gritei nervoso.
__Vai sim, porque esse não é o meu trabalho. – Ela deu um sorriso irônico para mim. – Não sou puta, não faço sexo por dinheiro.
__Mas você age como uma. E se tira a roupa por dinheiro, porque não pode transar comigo também? – Levantei da cadeira e cruzei os braços, esperando uma resposta da Sra. Gostosona.
__Simplesmente porque não faço. Você pode ir embora agora? Ou vou ter que chamar o segurança?
__Eu posso te pagar o quanto você quiser, o preço que quiser, eu faço. – Ela levantou as sobrancelhas, agora o papo tinha ficado interessante.
__Não, obrigada. Não preciso do seu dinheiro e não vou transar com você por dinheiro.
__Então, transa comigo de graça! Duvido que você não tenha ficado excitada comigo.
__Não fiquei não me relaciono com clientes. Muito pior, me excito. É tudo muito profissional.
__E você deixa seus clientes te tocarem? – Disse me aproximando rapidamente dela e a prendendo em uma barra de ferro. – Deixa eles te beijarem? – Puxei seu cabelo para seu rosto ficar na altura do meu e selei nossos lábios, passando minha língua no seu lábio pedindo passagem. Ela logo cedeu, e me beijou de volta em uma intensidade maior. Suas mãos foram para debaixo da minha blusa e ela arranhou meu abdômen de leve. Apertei sua cintura contra meu corpo e quando não restava mais ar em meus pulmões, desci meus lábios parar seu pescoço, o chupando com força. Ela soltou um gemido rouco e isso me incentivou a não parar. Sua boca passava pelo meu rosto enquanto suas mãos estavam enroscadas em meu cabelo. Beijei seus seios ainda cobertos pelo sutiã e quando minhas mãos encontraram seu fecho, ela empurrou com força meu peito, se afastando. Eu estava ofegante e percebia que acontecia o mesmo com ela.
__Tenho. Que. Trabalhar. – Ela disse com a voz entrecortada, com dificuldade para puxar o ar de volta para os pulmões. Assenti ainda ofegante.
__Que horas você sai?
__As 6hrs. Por quê? – Ela me olhou confusa.
__Por nada, quem sabe eu volto amanhã. – Sorri tendo certeza que voltaria amanhã. Ela franziu as sobrancelhas e depois assentiu.
__Ãhn... É... Claro, tudo bem.
Saí da cabine ainda ofegante, suado e confuso. Passei as mãos pelo cabelo e pelo rosto tentando processar tudo que tinha acontecido dentro daquela cabine. Os caras estavam podres de bêbados e Ryan e Chaz ficavam gritando coisas sem sentidos pra mim sobre a Stripper.

P.O.V Selena

Estava saindo da boate sozinha, pois Ashley tinha ido embora com um cliente. Odiava quando ela fazia isso, saía sem avisar e me deixava preocupada. O céu já estava ficando claro e um vento frio de começo de manhã congelava minhas pernas. Dei tchau para as outras dançarinas que continuavam na boate e avisei Mark, o segurança que já estava indo embora. O lugar ficava no final de um beco, seria realmente assustador, se eu não estivesse tão acostumada a fazer esse caminho.
Já estava quase saindo da rua quando alguém puxou meu braço e me empurrou para uma lata de lixo. Meu coração parou por alguns segundos, meu sangue esfriou e só então percebi que era aquele cliente de olhos cor de mel que me deixou maluca.
__O que você está fazendo? – Queria ter gritado com ele, mas minha voz saiu fraca e rouca. Ele estava muito próximo do meu rosto e isso me lembrou do nosso beijo na cabine, prendi a respiração por alguns segundos.
__Eu disse que iria voltar no dia seguinte. E adivinha? Já é outro dia. – Ele sorriu e só então percebi como ele era lindo.
__Enlouqueceu, é? Acha que pode me agarrar no meio da rua seu pervertido? Eu nem ao menos te conheço! Me solta. – Tentei o empurrar pra longe, mas ele era muito mais forte que eu e segurou meus braços com força.
__ Não se lembra de mim? – Ele franziu as sobrancelhas e eu assenti, mordendo o lábio. Queria rir da sua cara de idiota, mas tinha que manter a pose. – Duvido muito, mas isso não é problema. Eu faço você se lembrar.
__Cara, estou falando sério, me solta ou eu vou chamar a po... – Ele me interrompeu pressionando sua boca com força na minha e eu logo dei passagem para sua língua, apertando seus ombros e me sentindo perdida no espaço. Seu beijo era algo que eu nunca tinha provado antes, seu hálito quente me deixava louca.
__Eu estou falando sério, você tem que parar com isso! – O ameacei ofegante.
__Vem comigo pra casa, vem? – Seus lábios estavam entre meu pescoço e meu colo e por mais que eu quisesse que ele parasse, a sensação era tão maravilhosa que meu corpo não tomava nenhuma atitude.
__Não acho uma boa ideia. – Disse entre um gemido fraco, revirando os olhos de tanto prazer que estava sentindo enquanto ele chupava meu pescoço e apertava minha bunda. Minhas mãos continuavam apertando seus ombros e seus braços definidos.
__Por favor, só por hoje. Depois você pode voltar pro seu trabalho e esquecer que eu existo. – Ele tirou seus lábios de mim, se separando um pouco para observar minha expressão. Eu não queria ir, e sabia que seria errado me envolver desse jeito com um cliente, mas meu corpo implorava pelo seu toque pelo menos mais uma vez.
Revirei os olhos assentindo e ele deu um sorriso safado, segurando minha mão e me guiando para o seu carro. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Capítulo 1 - Begin Again.


P.O.V Selena
Corria cada vez mais rápido, já estava muito a frente da casa de John, mas ainda o sentia atrás de mim. Arrisquei olhar para trás e percebi que estava correndo sozinha no meio de uma rodovia. Provavelmente ele ainda não tinha acordado. Precisava achar um jeito de ir para o outro lado da cidade, ou ele certamente me acharia. Meus cabelos grudavam em minha testa e meus pés soavam e doíam por debaixo do meu coturno preto e surrado.  Usava meu short jeans de sempre e uma blusa de banda antiga rasgada nas mangas por mim. Andei mais um pouco pelo acostamento, era por volta das três horas da manhã e poucos carros passavam por ali, e os que passavam, estavam em uma velocidade absurda, ou rápido demais para sequer me notar. Sentei na estrada mesmo, e enterrei meu rosto em minhas mãos. Depois de cinco anos, tomei coragem para fugir do meu próprio inferno. Lembro-me de ir à igreja e sempre ouvir que quando a vida te tirava alguma coisa, Deus te recompensava com uma nova oportunidade. Pois então, acho que Deus se esqueceu de mim, pois eu ganhei uma oportunidade, mas perdi uma vida. Estiquei minhas pernas as observando. Sentia vergonha, nojo e até mesmo medo de mim mesma. Os hematomas estavam cada vez mais fortes e perceptíveis. Observei meus braços com as mesmas marcas, e passei a mão com cuidado sobre meu olho esquerdo, sentindo o inchaço e a ardência que minha mão causava tocando naquele local. Os machucados mais recentes, da surra de ontem, ainda latejavam. Os outros eram apenas marcas dolorosas da minha realidade. Tolerei por tanto tempo, aguentei tudo calada nos últimos 21 anos. Mas agora, seria diferente. Se comecei, agora iria até o final. Agora iria viver a minha vida, do meu jeito, com as minhas regras, minhas escolhas, iria transformar meus erros em algo secreto, e ninguém jamais, conheceria meu eu verdadeiro. O amor que sentia por John tinha se transformado em algo tão doentio que fez eu me perder, perder o meu amor próprio. A partir de hoje, ele seria apenas o meu motivo para seguir em frente, ele seria a marca de que aquela Selena que se apaixonou perdidamente por ele, morreu ali com ele. Ele seria apenas a marca do meu recomeço, e todas as nossas lembranças boas, que antes passavam em minha cabeça depois de cada briga, seriam apagadas, e substituídas por todas as vezes que ele me bateu, me humilhou e tirou a minha vida. Eu fugi daquela casa prometendo nunca mais voltar, e minha alma e meu coração ficaram por lá. Mas isso não importava mais, porque eu não precisaria disso pra viver daqui em diante.
Levantei-me enxugando as poucas lágrimas que insistiam em escorrer, e depois caminhei em direção á cidade. Nunca tinha aproveitado Nova York como deveria, mas agora seria um bom começo pra isso.

Cinco meses depois...
Abri os olhos com dificuldade, minha cabeça doía e tudo ao meu redor girava. Tapei os olhos com as mãos e alguns segundos depois, me acostumei com a claridade. Suspirei observando rapidamente o lugar em que estava. Um lençol de seda me envolvia e pela parte do quarto que observei, o hotel parecia ser luxuoso.  Virei-me para o lado oposto ao que estava dormindo e encontrei um cara de mais ou menos uns trinta anos, com a barba bem feita e grandes olhos azuis me observando e sorrindo.
__Bom dia gata! – Ele se aproximou na tentativa de me beijar, mas eu virei o rosto. Sentei na cama me espreguiçando e depois levantei, deixando o lençol escorregar pelo meu corpo e revelar que estava apenas com roupas íntimas. Comecei a procurar minhas roupas pelo chão do quarto e assim que achei minha saia, a vesti. – Aonde você vai? – O homem perguntou novamente.
__Preciso ir embora. - Disse dando de ombros e vestindo minha blusa, logo depois o sapato e penteando o cabelo com os dedos.
__Mas já? Ir embora assim? – Ele se sentou na cama e me encarou confuso.
__É, vou ir embora agora e assim. – Disse cortando o assunto estava começando a me cansar da cara dele e precisa ir embora. – Mas... Valeu pela noite. – Tentei forçar meu melhor sorriso, apesar de nem me lembrar do seu nome ou o que fizemos na noite anterior.
__Claro, com certeza foi um prazer pra mim. – Ele sorriu malicioso. – Podíamos repetir mais vezes, não acha? – Soltei um riso debochado e ele mais uma vez, me encarou confuso.
__Não, eu acho que não. – Pisquei para ele e saí do quarto, fechando com força a porta atrás de mim. Peguei o elevador vazio –ainda bem- e caminhei até o saguão do hotel, avisando á recepcionista que meu “marido” ainda estava no quarto e que ele iria pagar depois.
Por algum milagre, peguei um taxi já na primeira tentativa de chama-lo, e depois de dar as coordenadas até o meu apartamento ao senhor que o dirigia, peguei meu celular que tocava freneticamente dentro da bolsa. Claro, era Ashley.
__Fala minha fã. – Atendi risonha, só de pensar que ouviria sua voz do outro lado da linha, já me alegrava, Ashley era o motivo para algum sentimento ainda existir em mim: o sentimento de amizade. Ela era minha melhor amiga, minha irmã, minha mãe, era a única pessoa que sabia tudo sobre minha antiga vida e com uma história parecida com a minha, me compreendia totalmente.
__Sua vadia louca! Onde você está? Onde passou a noite? – Ela esbravejou.
__Calma gatinha, estou chegando em casa. E eu sinceramente não lembro onde passei a noite, apenas acordei em um hotel cinco estrelas com um cara gostoso ao meu lado. – Ela gargalhou o que me fez rir junto.
__Tudo bem então, achei que você tinha esquecido que temos ensaio na boate hoje à tarde. – Ela disse ironicamente e desligou o telefone. Porque eu tinha esquecido, e ela sabia disso. E já estávamos praticamente atrasadas.
Depois que fugi com apenas o dinheiro para emergências de John, o gastei quase todo em roupas já no segundo dia. E com o que sobrou, fui há uma balada de NY. Apenas queria me divertir na época, mas nem pensei que não teria onde morar depois daquela noite. Foi aí que conheci Ashley, uma dançarina da boate que me ajudou quando eu estava passando mal no banheiro. E no outro dia, quando acordei, estava em sua casa. Ela se ofereceu para dividir o seu apartamento comigo depois que contei que havia fugido da casa do meu pai drogado e descontrolado (uma mentira que foi necessária na época), e ainda conseguiu um emprego para mim na mesma boate em que ela trabalhava como dançarina. E bom, eu também virei uma, só que eu era stripper e ela... Tirava algumas peças a menos de roupa. Depois de dois meses convivendo com ela sentia coragem de contar o verdadeiro motivo por qual fugi, e depois de contar toda minha história. E digamos que a dela não era nem um pouco boa, igual a minha. A partir daí, ela virou minha melhor amiga, minha irmã, a única pessoa cujo eu era verdadeira no mundo. E por enquanto, nada mudou. Somos apenas eu e ela, pro que der e vier.
Paguei o taxista e saltei em frente ao prédio antigo em que eu e Ashley dividíamos um também antigo e pequeno apartamento.  Digitei a senha e entrei, o silencio pairava. Apesar de o prédio ser humilde, um porteiro sempre ficava no hall e estranhei não encontra-lo ali. Ele tinha onze andares e o elevador era antigo, com aquelas portas pesadas de empurrar. Morávamos no sétimo andar e durante todo o trajeto até lá dentro do elevador eu fiquei batendo o pé de um jeito ritmado, meu salto entrava em contato com o chão e fazia um barulho alto. Minha cabeça continuava a latejar, mas eu já estava acostumada e às vezes nem percebia.
Tirei minha chave de dentro da bolsa, destranquei a porta e adentrei rapidamente o apartamento, tropeçando no tapete, fazendo meu celular voar, minha bolsa cair de meu braço e eu quase beijar o chão. Escutei uma gargalhada gostosa e assim que subi o olhar do chão para o sofá, encontrei uma loira quase chorando de tanto rir da minha situação. Ashley já estava com os trajes de dançarina da boate, ela era a única que andava na rua de dia com aquelas roupas sem nem se importar.
__Você adora uma entrada triunfal, né? – Ela disse rindo e pegando meu celular no chão, começando a vasculhar.
__E você adora ser vadia, mas eu não fico comentando. – Disse no mesmo tom debochado que ela soltando um sorriso irônico no final.
__Olha aí, a suja falando da mal lavada. Como foi a noite ontem? Transou como um leão selvagem? – Ela se jogou no sofá e ficou me encarando.
__Não lembro. – Dei de ombros indo até meu quarto e pegando uma toalha para tomar banho.
__Como não lembra? – Ela perguntou descrente. – Ou foi tão ruim que você não quer me contar? Ele broxou amiga? – Ela disse agora em um tom preocupado, comecei a rir da sua cara e depois voltei a minha expressão séria.
__Credo, claro que ele não broxou. E eu não lembro se foi bom ou ruim. – Me olhei no espelho do banheiro soltando o cabelo que estava preso em um coque frouxo.- Estava chapada, não lembro de nada.
__Chapada de que? – Ashley suspirou, sabia que ela temia que eu tivesse usado alguma droga e também sabia que ela não aprovava isso.
__Bebida ué, eu estava bêbada. – Menti desviando meu olhar dela.
__O que você usou ontem?
__Cocaína... Mas foi pouco, e foi só ontem. Eu estou limpa, você sabe. – Disse em um tom baixo.
__Eu espero que esteja. – Ela disse fria. – Se arruma logo, temos que ir.


P.O.V Justin
_Não da pra continuar desse jeito Ryan, é a segunda vez nesse mês que esses seus capangas imprestáveis quase estragam tudo! – Gritava no telefone com Ryan e ele falava em um tom calmo e brisado, o que me irritava mais ainda. Tanto tempo pra se drogar e tem que ser justo quando eu estou tentando resolver um problema sério?
__Relaxa Drew, não haverá uma próxima vez.
__Claro que não haverá, porque se você e o Chaz vacilarem de novo, eu arranco o pinto de vocês fora, e ainda meto fogo nessa farinha que vocês chamam de cocaína!
__Vai desmerecer agora porra? Já disse que não vai ter mais vacilo mano, relaxa aí.
__Meu pai tá na minha cola, mais uma falha dessas e ele descobre todos os nossos esquemas, e tenho certeza que o ‘’governador’’ não vai querer saber que tem um filho quase traficante. 
__Vou passar o recado. Tenho outra ligação, vou desligar.
__EU AINDA NÃO ACABEI SEU PORRA! – Gritei, mas ele já tinha desligado o telefone.
Relaxei na cadeira do escritório esticando os braços. Chaz e Ryan já estavam me fazendo desistir da nossa sociedade. Eles sempre davam algum furo no carregamento das drogas e sempre sobrava para eu limpar o nome deles antes da polícia investigar. Eu investia muito mais que dinheiro na máfia deles, investia o nome do meu pai e a imagem do governador era uma coisa muito preciosa para se sujar.
__Filho! Você ainda está trancado aí? – Minha mãe batia na porta freneticamente. Revirei os olhos e abri dando de cara com a coroa chorando.
__O que aconteceu mãe?
__Eu e seu pai vamos viajar de novo. – Ela disse com uma voz chorosa, ver mulher chorar me irritava pra caralho, mas quando era minha mãe, me incomodava muito mais.
__E daí? Relaxa dona Pattie, eu sei me cuidar.
__Não é isso filho, é que vamos passar mais tempo fora dessa vez e... Por favor, não faça nenhuma besteira! – Ela me abraçou e depois se afastou para poder me olhar nos olhos. – Me promete Justin, promete que não vai se drogar, beber demais ou ir naquelas bocas de fumo enquanto eu estiver fora.
__Você não manda mais na minha vida mãe, eu tenho 22 anos. – Soltei o ar dos pulmões em um suspiro pesado.
__Por favor, Justin. – Ela começou a chorar cada vez mais.
__Eu prometo que não vou me drogar mãe. – Revirei os olhos e dei um beijo em sua bochecha. Depois subi para o meu quarto.
Toda a correria que o último carregamento de drogas me proporcionou me fez ficar tenso e até com as costas doloridas. Precisava relaxar um pouco, beber um pouco, foder um pouco. Me joguei na cama e fiquei assistindo um jogo de basquete até pegar no sono.
Acordei com uma mensagem de Ryan dizendo para eu encontrar ele e os moleques em uma boate.  Tomei um banho rápido e logo cheguei à boate em que eles estavam, era um lugar chique, mas nada surpreendente. Muitas vadias dançando na pista, muitos velhos babões, várias dançarinas gostosas por todos os lados, era uma das minhas visões favoritas. Peguei uma bebida de uma loira gostosa que estava passando e fui até o camarote onde os meninos estavam.
__Salve Drew! – Chaz gritou, ele estava sentado em um sofá rodeado de vadias. Ryan já não estava mais por ali e dos outros caras só reconheci Chris e Drake.
Estava começando a ficar entediado naquele lugar, a música era péssima, a bebida não estava mais me satisfazendo, a droga não parecia de qualidade e não achei nenhuma vadia interessante o suficiente pra aliviar minha noite. Do nada Ryan apareceu com uma cara de quem tinha gozado umas três vezes só essa noite e um sorriso de orelha a orelha.
__Justin! Maluco, você tem que experimentar a stripper particular, se eu já fui mais feliz do que sou agora eu não me lembro! – Ri da cara de otário que ele fez a cada palavra pronunciada e balancei a cabeça.
__Acho que não, não sou muito dessa de puta barata.
__Meu irmão, eu não quero saber se ela é puta ou filhinha de papai, mas que ela vai te deixar maluco, ah vai sim! – Chaz entrou na conversa se intrometendo fazendo a mesma cara de otário de Ryan e Drake confirmou a fala dele.
__Vou ver se ela é tudo isso ou se vocês estão muito chapados mesmo. – Deixei meu copo em cima de uma mesa e fui até a cabine de uma das strippers particulares.
__Quero ver se você é tão boa quanto parece.- Falei procurando a vadia pela cabine e senti dois braços envolverem meu pescoço.
__Pode apostar que sou. – Ela sussurrou no pé do meu ouvido e eu me arrepiei na hora. Cacete!
Me virei para ter uma imagem completa dela e dei de cara com uma morena com grandes olhos castanhos e aqueles peitões saindo pra fora. Me perderia fácil aquela noite, com certeza.
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                                                      Oi amores ! Finalmente postei a fic nova, yaaaay ! 
1- Espero mesmo que vocês gostem, ela é totalmente diferente  do que eu estava costumada a postar, mas eu estou muito animada com ela !
2- Eu sei que o Blog está horrível, mas como muita gente queria que eu postasse rápido, fiz ele assim mesmo, com o tempo as coisas vão se ajeitar, prometo.
3- Quero agradecer de coração a todas que me apoiaram e me encorajaram a continuar a fic, e principalmente a Gabi (@thisjelena) por me ajudar com o Blog ! Voces são lindas !!
4- E por último, como parei de postar no Nyah, tenho certeza que vou perder muitas leitoras de lá, então ajudaria muito se voces divulgassem minha nova fic ! 
Beijinhos, esperem que gostem e comentem ! 

Trouble

Sinopse:  



"Porque eu sabia que você era problema quando você passou por mim, que vergonha de mim agora. Me levou a lugares que nunca fui e agora me colocou pra baixo. " 

I Knew You Were Trouble. - Taylor Swift. 



"Eu nunca pretendi lhe causar problema, eu nunca quis te fazer mal e se eu alguma vez lhe causei problema, oh, não! Eu nunca pretendi te machucar." 

Trouble - Coldplay