P.O.V Chaz
Tentava o máximo que conseguia me
concentrar no trabalho, mas meus pensamentos estavam longe, estavam focados em
Selena e por onde ela andava. Ela simplesmente havia saído, sem deixar rastros,
sem deixar nem ao menos um bilhete. Pensamentos horríveis rondavam minha mente,
não conseguia achar uma opção positiva para sua saída repentina.
As coisas na boate estavam
calmas, e logo vi que meus relatórios não estavam dando em nada. Decidi ir pra
casa, na esperança de encontrar ela lá, deitada no sofá dormindo ou zapeando os
canais, com expressão de tédio estampando seu rosto lindo.
Adentrei o apartamento, mas tudo
que encontrei foi o vazio completo. A brisa fresca tinha se transformado em um
vento violento, que fazia as cortinas balançarem freneticamente e deixava tudo
mais solitário do que realmente era.
Fechei as portas da sacada, apesar de me lembrar perfeitamente que tinha
as fechado antes de sair. Fui até o banheiro e lavei o rosto, respirando fundo
e encarando meu reflexo no banheiro. O último mês foi marcado pela época mais
estressante de toda minha vida. Engraçado como as coisas mudam de rumo, tudo
estava bem, parecia bem, tudo no lugar. E de repente uma garota chega e junto
com ela uma avalanche de problemas começam a surgir, e além dela mexer com a
cabeça e os sentimentos de todo mundo que se aproxima, ainda mexeu com os
negócios de todos. Se não conhecesse Selena tão bem, diria que ela era a razão de todos os problemas
pra gangue.
Fui até o quarto e encontrei um
bilhete em cima da cama.
“Mais uma vez alguém conseguiu a garota antes de você. Você acha que
seu pai ficaria orgulho de você, Charles? Aposto que não. Se quiser morrer sem
se sentir tão inútil, vá até o endereço que está no verso da folha.”
Li e reli o bilhete várias vezes
até virar a folha e encontrar o tal endereço, e era de um lugar muito afastado
de todo o resto de Nova York, até mesmo de nossos galpões. Pela fonte
escolhida, o tipo de deboche barato e um X impresso quase que invisível no
canto da folha pude perceber que era mais um dos bilhetes daqueles mercenários.
Eles iriam perseguir e perturbar cada um de nós, esse era o joguinho. Ou pelo
menos um deles.
O fato é que eles estavam muito
mais infiltrados do que eu imaginei que estariam, e além de estarem com a
Selena ou insinuarem isso, tinham vasculhado minha vida, meu histórico pesado e
empoeirado e tocado no nome do meu pai, pois sabiam que isso iria machucar. E
até me motivar. E eles estavam completamente certos.
Passei a mão pelos cabelos
freneticamente e depois peguei o bilhete, o colocando no bolso e arrancando com
o carro da garagem do prédio.
Chaz ia provar que nem sempre era
tão bobinho, Chaz ia provar que poderia fazer as coisas sozinho.
P.O.V Selena
Horas haviam se passado e por
mais que não tivesse noção de como tinha parado ali, tinha certeza que estava
em território inimigo. Minhas mãos estavam algemadas e meus pés amarrados.
Encostei a cabeça no joelho quase que implorando para ter alguma religião e
poder rezar. Eu não queria mais lutar contra tudo àquilo, porque nem tive a
oportunidade de começar e já estava exausta, acabada, por um fio de enlouquecer
de vez. Sempre fui àquela criança anormal, e a vida me deu mil motivos pra
isso. Sempre preferi ler no orfanato a brincar ou interagir, sempre gostei de
ficar sozinha, fazendo planos para fugir. Nunca pensei em me formar, virar
doutora ou algo do tipo. Minha melhor escola foi a vida, e eu não faria outra
coisa no mundo que não fosse a máfia. Tinha planos, para meu próprio negócio,
ou para até conduzir do jeito certo o do meu “pai”, mas como precisamos cair um
tombo tão grande a ponto de nos quebrarmos em partes para aprendemos, eu fui
ingênua e na primeira oportunidade de fugir, me entreguei completamente. O que
eu demorei anos pra perceber era que eu nunca poderia fugir do meu inferno
pessoal. Ninguém me livraria daquilo, e me prender a alguém que me fazia mal,
só para tentar substituir algumas dores e hematomas foi estupidez. E eu demorei
exatos cinco anos pra perceber isso. Minha vida nunca foi normal, mas a segunda
estupidez –a maior e talvez a melhor- foi querer ser incomum demais e mudar de
vida completamente do dia para a noite. Literalmente. Quem nasceu para a
desgraça, carrega ela por aí como um fardo impossível de se esvaziar. E meu
fardo foi se distribuindo, pesando nos ombros de cada um dos meninos e só
destruindo mais lugares e vidas em que eu decidi entrar. A verdade é que se
Justin fosse apenas só um cliente, ele não estaria ali. Se não fosse para
acontecer, não aconteceria. Justin não era só um cliente, não era só um chefe
de máfia novo e atraente para se passar uma noite. Se fosse assim, não teríamos
uma ligação, quase que sobrenatural. Se fosse para ser assim, não seria o
Justin que eu conheci. Não seria o Justin pelo qual eu fiquei vulnerável da
noite para o dia. Uma noite, alguns toques, respirações e olhares trocados e eu
estava apaixonada, descontrolada e totalmente dependente dele. Ele pode ter ido
a minha procura por outros motivos, algo em sua mente controladora que eu tenho
medo demais para me aproximar ou até mesmo pensar sobre isso. O que ele não
percebeu é que eu não era só uma mulher, só uma stripper qualquer, só a Selena.
Eu era uma carga negativa muito maior em sua vida, e eu acabei arruinando-a em
apenas dois meses.
Mantinha a cabeça apoiado nos
joelhos e depois de muito tempo ouvi um barulho da porta sendo aberta. Levantei a cabeça observando um cara careca e
muito grande que se encontrava na minha frente, um feixe de luz vindo de fora
iluminava uma parte do seu rosto e pude observar uma grande cicatriz em sua
bochecha, cortando-a fora a fora.
__Vamos princesa, hora de
conhecer o chefinho. – Ele me puxou pelos ombros como se eu fosse uma boneca de
pano e foi me arrastando, enquanto eu tropeçava-nos próprios pés e sentia um
forte enjoo. “Conhecer?” Pensei, revirei os olhos.
__Se eu pudesse ao menos
esquecê-lo para conhecer novamente... - Murmurei e ele me empurrou com mais
força, o olhei pelo rabo de olho e ele me encarava feio, como se estivesse me
repreendendo por falar.
Ele bateu na porta ainda me
segurando pelos braços, quase esmagando meus ossos. Outro homem gigante
atendeu, fazendo um sinal para o outro me soltar. Ele cortou a corda que
prendia meus pés e eu senti os meus tornozelos arderem na área que estavam
presos. O encarei esperando pelas algemas e ele apenas balançou a cabeça
negativamente e deu as costas para mim. O outro armário me empurrou para dentro
do escritório e eu estava prestes a xinga-lo quando todos os meus nervos
congelaram. Estava a minha frente, em
pé, porém apoiando os braços na mesa de vidro, totalmente limpa e organizada.
Um vento frio que o ar condicionado causava me acertou em cheio e eu senti
minhas pernas se arrepiarem. Ele me encarava ironicamente e eu sustentava seu
olhar, logo depois passando os olhos por todo o seu corpo o analisando sem
discrição. Ele usava um terno de grife, sem gravatas, apenas o paletó aberto e
uma blusa branca bem passada e com alguns botões abertos em cima, e sua
invejável pele dourada ficava exposta. As calças pretas como o paletó, os
cabelos loiros até a altura do pescoço alinhados para trás das orelhas, ainda
assim com a franja bagunçada e uma barba loira crescia por toda a extensão de
suas maçãs do rosto até o queixo, contornando a boca. Os olhos azuis tão
penetrados em mim que eu poderia jurar que ele estava enxergando não só minhas
roupas íntimas, como minha alma. Um relógio caro cobria seu pulso e olhando para
debaixo da mesa, pude observar apenas a ponta de seus sapatos caros. Não sei se
estava tão nervosa que analisei tudo em segundos, ou se de fato haviam se
passado minutos. Mas John estava ali, como minhas teorias e minhas lembranças
já escassas do dia em que o fórum explodiu me confirmavam. Ele estava por trás
de tudo, e agora eu tinha toda a certeza do mundo que o motivo para tudo àquilo
era eu.
__Nossa como você amadureceu docinho. – Ele sorriu irônico e eu não
retribui, apenas continuem encarando seu rosto com expressão de poucos amigos.
– Não vai se sentar?
__As algemas. – Disse trincando
os dentes e ele me encarou confuso. Depois ligou os pontos e sorriu torto mais
uma vez.
__Ah sim, Pierre, pode tirar as
algemas da bela moça, ela é nossa convidada agora. – Revirei os olhos e o tal
Pierre abriu minhas algemas libertando minhas mãos sem nenhuma delicadeza.
Puxei meus pulsos de suas mãos de ogro os acariciando e observando a mesma
marca vermelha que estavam em meus tornozelos. Ajeitei meu vestido que caía
sobre meus ombros, ele era muito desconfortável e o fato de estar usando-o por
quase dois dias me deixava no limite.
__Agora se sente, por favor. –
Ele se sentou por trás de sua escrivaninha e ficou esperando eu fazer o mesmo,
mas continuei parada o encarando. – Sente-se, agora.
__Você não manda em mim. – Disse
baixo, pois tentava controlar a raiva de ataca-lo a qualquer momento.
__É aí que você se engana, você
está no meu escritório, minha área, sob meus cuidados. Então eu tenho controle
sobre você.
__Esse sempre foi seu problema, querido. Sempre achou que tendo posse
de coisas tem o direito de ter posse de pessoas também.
__Olhe, eu só quero conversar.
Não quero te forçar a nada, estamos sendo apenas amigos agora. Apenas se sente
Selena.
__AMIGOS? VOCÊ ME PERSEGUE ME
SEQUESTRA E ACHA QUE VAMOS CONVERSAR COMO AMIGOS? VOCÊ SÓ PODE TER ENLOUQUECIDO
DEPOIS QUE TE DEIXEI. – Cheguei mais perto de sua mesa. – BOA NOVAS PRA VOCÊ,
JOHN, EU NÃO TENHO MAIS 16 ANOS, NÃO TEMOS MAIS NADA, NÃO DEPENDO DE VOCÊ E NÃO
SOU MAIS INGÊNUA. EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ, SEU MERDA.
__Uou. – Ele levantou as mãos em
forma de rendição e deu um de seus sorrisinhos sínicos. – Muito estresse
acumulado nesses últimos dias, querida? Se eu soubesse disso, teria ido cuidar
de você antes. – Ele se levantou tentando tocar meu rosto e eu me afastei.
__Nem cogite a ideia de tocar
essas mãos nojentas em mim. Já disse que não vou te obedecer, conversar, me
aproximar.
__E VOCÊ VAI FAZER O QUE? – Ele
deu a volta na mesa ficando em minha frente. Seu perfume forte e masculino
invadiu minhas narinas me deixando mais enjoada, e meu sangue gelou, o tendo
tão perto novamente. – HEIN? VAI ME BATER? BATER EM TODOS OS MEUS
SEGURANÇAS? VAI FUGIR PRA CASA DO SEU
NOVO MACHINHO? O QUE VOCÊ NÃO PERCEBEU SELENA, É QUE NÃO TENHA NADA QUE POSSA
FAZER. – Ele me empurrou e eu cambaleei pra trás. – VOCÊ ESTÁ SIM SOBRE MEU
CONTROLE, EU MANDO E VOCÊ OBEDECE COMO A BOA VADIA QUE SEMPRE FUI. – Em um
movimento rápido John já agarrava meus cabelos e os puxava com força pra baixo.
Dei um grito de dor desesperado e senti duas lágrimas quentes e pesadas
descerem pelos meus olhos. Tentei o máximo que pude segurá-las, mas depois que
a dor física me atingiu, foi impossível mantê-las. Ele me empurrou até a
cadeira e eu sentei, não tendo forças e nem vontade para lutar contra sua força
brutal.
Ele sorriu ocupando seu lugar
mais uma vez e me olhando, suavizando a expressão.
__Pronto. Agora vamos conversar,
como amigos. – Massageei meus cabelos o encarando feio, as lágrimas já haviam
secado e eu não sentia vontade nenhuma de solta-las mais uma vez. A raiva
dominava meu corpo, ao mesmo tempo em que queria saber todos os seus objetivos
e motivos, eu queria arrebenta-lo, atirar em sua garganta.
__Como está se sentindo? – Ele
perguntou sínico. Espremi os olhos.
__Como você acha? Por que você é
assim tão sínico? Como consegue ser tão cruel? Tão filho da puta? – Disparei em
falar e ele apenas me encarou surpreso, mas ainda assim mantendo o sorriso que
nunca ia embora, e só me deixava com mais vontade de acabar com sua vida.
__Sabe Selena... – Ele se
levantou pegando um copo de seu bar e o enchendo com um líquido que deduzi ser
uísque. – Ainda me lembro com todos os detalhes o dia em que eu acordei e você
não estava mais lá. Eu senti tanta dor, claro, nunca imaginei que você me
machucaria daquele jeito e...
__Acordou e eu não estava mais
lá? Você é um puta de um falso, isso sim. Você não se lembra de como estava
bêbado, de madrugada e me perseguiu até o inferno, como antes de eu fugir, me
bateu e quase me matou? Jura mesmo que você não lembra?
__Eu lembro, mas aquilo foi uma
recaída. Nunca imaginei que você me deixaria só porque havia abusado da bebida
um dia, achei que podíamos superar aquilo juntos.
__”Uma recaída”. Cale a porra da
boca, vá direto ao ponto.
__Este é o ponto, docinho. Você
me deixou sem nem ao menos me dar uma chance. Eu estava abusando da bebida,
porque estava começando na máfia, organizando tudo para meu próprio império,
para o NOSSO império!
__ISSO NÃO É VERDADE! VOCÊ ME
MACHUCAVA E BEBIA POR PRAZER, EU ERA SEU BRINQUEDINHO, SEU BRINQUEDO DE ABUSO E
DIVERSÃO PESSOAL. SEU CRIMINOSO!
__Querida, você está me
ofendendo! – Ele bebericou sua bebida e fez uma cara de afetado. – Não me faça
sofrer mais uma vez, eu não suportaria.
__Você é ridículo! Você estragou
minha vida, deixou marcas em mim que eu nunca vou superar, nunca vou poder
esquecer. Eu era só uma criança. UMA MALDITA CRIANÇA E VOCÊ SEU MONSTRO, TOMOU
CONTROLE DE MIM SEM EU PERCEBER! O QUE QUER DE MIM? VOCÊ TEM SEU IMPÉRIO, EU
ESTOU COM MINHA VIDA FODIDA E VOCÊ COM SUA ÓTIMA VIDA, POR QUE NÃO ME DEIXA EM
PAZ?
__PORQUE VOCÊ É MINHA! E SEMPRE
VAI SER, E SEU LUGAR É COMIGO. E NÃO COM UM VIADINHO DE MERDA COMO O BIEBER.
__VOCÊ É DOENTE! – Levantei mais
uma vez, sentia minhas mãos tremerem. – DOENTE E LOUCO! NÃO PERCEBE? VOCÊ É UM
MERDA PERTO DE JUSTIN, DE TODOS ELES. VOCÊ NUNCA VAI CONSEGUIR CRESCER COMO
ELES, NUNCA VAI ME TER, VOCÊ NUNCA VAI SER NADA DE IMPORTANTE EM TODA A SUA
VIDA! – Senti meu rosto formigar e virar com o tapa forte que ganhei. Coloquei
a mão no local e o encarei com mais raiva ainda.
__Isso, é pra você nunca mais na
sua vida pensar em me subestimar. –Ele passou a mão nos cabelos nervoso. Tinha
tocado em seu ponto fraco: O fracasso. – Eu vou superá-lo, sabe por quê? –
Levantei o rosto o encarando como se pedisse um argumento muito válido.
__Porque eu tenho uma arma
secreta. – Ele mais uma vez se aproximou através da mesa, tocando uma mecha do
meu cabelo, mas eu logo dei um tapa em sua mão o fazendo soltá-lo. – Você meu
anjo, vai me ajudar a derrubar a gangue deles de vez e fazer nós, os Xtremes
dominar Nova York, e logo o resto do mundo.
__Os Xtremes? – Soltei uma
gargalhada um tanto quanto forçada. – Você já parou pra pensar o quão gay isso
fica? Com esse seu pigmeu em forma de pinto então, as mulheres vão fugir
rapidinho.
__JÁ CHEGA! – Ele gritou me dando
mais uma tapa, dessa vez tão forte que eu cambaleei para o lado. Senti meus
olhos arderem assim como o resto do meu corpo.
__QUER UM BOM MOTIVO PARA ME OBEDECER
E FICAR CALADA? – Ele segurou meus pulsos com força me olhando nos olhos, me
ameaçando. – O Bieber e o Somers estão lá fora no momento, esperando o momento
perfeito para vir salvar a donzela de suas vidas. É claro que eles se acham
muito espertos, acham que eu não teria coragem de mata-los, pois assim não
cumpriria meu plano. Mas eu estou um passo a frente, e a verdade é que não
preciso deles para nada.
__Justin é muito mais esperto que
você, seu otário. Você não está a um passo a frente porra nenhuma, se ele veio
é porque tem um plano muito bem melhor e mais bem bolado do que os seus de
merda.
__Sim, como aquele que quase te
matou? – Ele riu debochado e eu engoli em seco. Aquelas lembranças me invadiam
como facadas por todo o meu corpo. – A vadiazinha teimosa ainda não está
contente? Pois bem. – Ele me segurou mais brutalmente e depois me soltou, indo
até o computador e o trazendo em mãos.
__Você sabia que eu estou noivo,
Selena? – Ele abriu um sorriso tentando se passar por inocente, mas como já
disse, o seu sorriso sínico e falso nunca o abandonava. – Não é maravilhoso?
Até convidaria você e Bieber para serem nossos padrinhos, mas minha noiva não
simpatiza muito com ele.
O encarei confusa, esperando a moral
de toda a história. Ele virou a tela do computador para mim, revelando uma foto
dele e de Ashley em uma praia, sorrindo e se abraçando. O vento batia nos
cabelos loiros de Ash, e ela sorria de orelha a orelha para baixo, John beijava
sua bochecha meio que sorrindo meio que beijando, olhando para baixo também,
enquanto seu braço estava sobre os ombros de Ashley e suas mãos entrelaçadas.
Engoli em seco, senti meu coração parar de bater e de repente bater tão
loucamente, quase que arrebentando meu peito.
__V-Você... NÃO! – Andei para
trás fechando os olhos, e tapando os ouvidos. – NÃO! NÃO!NÃO! COMO VOCÊ PODE? –
Sentia as lágrimas correrem por minhas bochechas. – SEU MONSTRO! SEU FILHO DE
UMA BOA PUTA! EU NÃO ACREDITO! NÃO! – Chorava descontroladamente enquanto John
colocava o computador no lugar, sorrindo ao ver o quanto tinha me atingido. Ele
jogou a cabeça para o lado me observando, o encarei de volta ainda chorando,
segando as lágrimas e tentando ir para cima dele, arranhando seu rosto, seu
pescoço e todo o lugar que minhas unhas encontravam. Ele me empurrou para a parede, fazendo minhas
costas se chocarem com força, soltei um gemido abafado de dor, ainda tentando o
atingir, até que ele me imobilizou.
__Bons motivos né? – Ele sorriu
sínico, passando a mão pela minha cintura. – Então, vamos fazer um trato. Você
se alia a mim, em segredo lógico, volta a conviver com Bieber e me ajuda sempre
que eu precisar. E eu garanto a total segurança de sua amiguinha loira inútil,
assim como a de Chaz e de todos os outros. A de Bieber eu não garanto, pois não
gosto de promessas não cumpridas.
__EU ODEIO VOCÊ! ODEIO VOCÊ!- Não
conseguia conter as lágrimas, ele havia manipulado minha amiga, a feito de
refém as escuras, e Ashley estava tão feliz com a notícia que ia me dar. Em
pensar que... Eu não conseguia raciocinar direito. Chorava compulsivamente,
havia chegado ao meu limite. Era muito para assimilar, muita coisa para
absorver. Estava tonta, senti minhas pernas fraquejarem e quase tive que me
apoiar em John, quando ouvimos um grande estrondo na porta, e Justin apareceu
logo depois, com uma arma apontada para a cabeça de John e outra para um dos
seguranças que tentava o impedir de entrar, logo acertando uma bala bem no
peito do mesmo.
__Solta. Ela. Agora. Seu filho da
puta de merda. – Ele disse entre dentes, usava um capuz preto junto com calças
e tênis pretos, e o cabelo desarrumado caía sobre seu olho. E mesmo assim, sua
mira era perfeita e precisa. Nossos olhares se cruzaram, ele passou a língua
pelos lábios suspirando apreensivo a me ver naquele estado e depois, tudo ficou
escuro. Minhas pernas fraquejaram mais uma vez, eu caí desacordada como uma
boneca de pano no chão.
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Oi gente!! Sei que ando demorando pra postar os capítulos, mas além de estar muito ocupada eu estava totalmente sem criatividade pra continuar. Mas acho que consegui retomar o rumo a história, e a partir desse capítulo as coisas vão voltar a se ajeitar. Pretendo postar 2 ou 3 capítulos por semana nas minhas duas semanas de férias, não prometo nada, mas to me programando pra isso!! Beijo
OBS.: Mais uma coisa, dois personagens importantes entraram na história agora, a Candice e o John.
Pra quem quer ter uma ideia de como eles são, aqui está a Candice (Swanepoel) e o John (Victor Noriega).
Até o próximo, por favor comentem o que acharam por aqui ou no meu twitter: @outlawbbieber
ameiii muito perfeito *-*
ResponderExcluircontinua
Posta logo,giovanna :)
ResponderExcluirPosta logo :)
ResponderExcluirParabens essa historia esta otima, e cada vez melhora ainda mais, parabens mesmo, virei sua fã
ResponderExcluireu amei
ResponderExcluir